quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

ANTÔNIO BENTO VIANA



Natural de Portugal, Antônio Bento casou-se duas vezes. Primeiramente com Maria Joaquina Ribeiro Dantas, filha do português Miguel Ribeiro Dantas e Antônia Xavier de Barros.

À época em que residiu em São José de Mipibu, foi proprietário do engenho Sapé, herdado dos sogros.

Em 11 de janeiro de 1806, Antônio Bento tomava posse como vereador; aos 13 de fevereiro de 1809, era empossado como juiz ordinário; a 1º de novembro de 1819, novamente era empossado no mesmo cargo.

Em 1843, já era proprietário do engenho Carnaubal, em Ceará-mirim e nele introduziu a primeira moenda a ferro, no sentido horizontal. À época, ele era um dos homens mais ricos da Província.

Viana foi um dos fundadores do Ceará-mirim, como doador de terras destinadas ao patrimônio da Matriz e onde seria edificada a atual cidade.
Antônio Bento faleceu entre os anos de 1858 e 1860

Nasceu a 9 de maio de 1799. Filho de José da Silva Leite e Dona Maria Dantas, seu nome é uma homenagem ao avô materno, português falecido três anos antes. Sobre o seu casamento com sua prima, realizado em Ceará-mirim, em 1824, há um inte-ressante episódio narrado por autor que desconhecemos (1) e que, pelo pitoresco que encerra, não nos furtamos de reproduzir: “Quando passou uma semana, Miguel convidou a esposa para regressar a São José. A prima recusou. O marido concedeu-lhe seis dias para pensar. Esgotado o prazo, viajou sozinho. A mulher ficou no Carnaubal, o marido fixou-se em São José de Mipibu e nunca mais se viram”. Dedicando-se a agricultura, amealhou considerável fortuna, principalmente em moedas de ouro, das quais possuía malas repletas. Era dono das melhores propriedades de São José: Lagoa do Fumo, onde morava, Laranjeiras e outras. Politicamente pertencia ao partido conservador. Sua atuação, entretanto, não foi além da esfera municipal; começou como vereador em 1824, elegendo-se novamente de 1841 a 1845. Foi ainda Juiz Ordinário em 1829, Presidente de 1833 a 1837 e Coronel da Guarda Nacional. Em 1879 doou o prédio para a Casa de Instrução, que posteriormente receberia o seu nome. Em 18 de março de 1877, graças à interferência de Amaro Cavalcanti em episódio narrado por Luís da Câmara Cascudo. Faleceu em São José a 14 de julho de 1881

FONTE – LIVRO BARÕES DE CEARÁ MIRIM E MIPIBU, DE OLAVO MEDEIROS FILHO

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