Natural de Portugal, Antônio Bento
casou-se duas vezes. Primeiramente com Maria Joaquina Ribeiro Dantas, filha do
português Miguel Ribeiro Dantas e Antônia Xavier de Barros.
À época em que residiu em São José de
Mipibu, foi proprietário do engenho Sapé, herdado dos sogros.
Em 11 de janeiro de 1806, Antônio
Bento tomava posse como vereador; aos 13 de fevereiro de 1809, era empossado como
juiz ordinário; a 1º de novembro de 1819, novamente era empossado no mesmo
cargo.
Em 1843, já era proprietário do
engenho Carnaubal, em Ceará-mirim e nele introduziu a primeira moenda a ferro,
no sentido horizontal. À época, ele era um dos homens mais ricos da Província.
Viana foi um dos fundadores do
Ceará-mirim, como doador de terras destinadas ao patrimônio da Matriz e onde
seria edificada a atual cidade.
Antônio Bento faleceu entre os anos de
1858 e 1860
Nasceu a 9 de maio de 1799. Filho de
José da Silva Leite e Dona Maria Dantas, seu nome é uma homenagem ao avô materno,
português falecido três anos antes. Sobre o seu casamento com sua prima,
realizado em Ceará-mirim, em 1824, há um inte-ressante episódio narrado por
autor que desconhecemos (1) e que, pelo pitoresco que encerra, não nos furtamos
de reproduzir: “Quando passou uma semana, Miguel convidou a esposa para
regressar a São José. A prima recusou. O marido concedeu-lhe seis dias para
pensar. Esgotado o prazo, viajou sozinho. A mulher ficou no Carnaubal, o marido
fixou-se em São José de Mipibu e nunca mais se viram”. Dedicando-se a
agricultura, amealhou considerável fortuna, principalmente em moedas de ouro,
das quais possuía malas repletas. Era dono das melhores propriedades de São
José: Lagoa do Fumo, onde morava, Laranjeiras e outras. Politicamente pertencia
ao partido conservador. Sua atuação, entretanto, não foi além da esfera
municipal; começou como vereador em 1824, elegendo-se novamente de 1841 a 1845.
Foi ainda Juiz Ordinário em 1829, Presidente de 1833 a 1837 e Coronel da Guarda
Nacional. Em 1879 doou o prédio para a Casa de Instrução, que posteriormente
receberia o seu nome. Em 18 de março de 1877, graças à interferência de Amaro
Cavalcanti em episódio narrado por Luís da Câmara Cascudo. Faleceu em São José
a 14 de julho de 1881
FONTE – LIVRO BARÕES DE CEARÁ MIRIM E
MIPIBU, DE OLAVO MEDEIROS FILHO